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Ônibus do futuro com condução autônoma é apresentado na Holanda

2017-01-31InovaçãoMobilidade UrbanaÔnibusTecnologiaTransitoVeículos

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Ônibus do futuro com condução autônoma é apresentado na Holanda

2017-01-31 InovaçãoMobilidade UrbanaÔnibusTecnologiaTransitoVeículos

Já está nas ruas europeias uma experiência revolucionária com o Ônibus do Futuro: O Mercedes-Benz Future Bus com CityPilot proporciona uma interessante previsão de como serão os sistemas de transporte urbano.

A  Mercedes-Benz convocou a imprensa internacional para apresentar em Amsterdã, a capital da Holanda, sua mais nova tecnologia para o transporte nas cidades: o Mercedes-Benz Future Bus – o ônibus urbano do futuro.

A demonstração aos jornalistas de como funciona o ônibus de futuro, que, segundo os diretores da montadora alemã, poderá ser introduzido nos sistemas BRT dentro de uma década foi feita em um trecho de 12 quilômetros na capital holandesa.

O veículo foi apresentado, em condução semiautomatizada, nesse corredor da linha Aeroporto 300, entre Haarlem e a região metropolitana de Amsterdã. Ela é muito popular e usada por cerca de 125.000 passageiros por dia, com os ônibus chegando e partindo em intervalos de alguns minutos.

A linha Aeroporto 300 é a maior linha de BRT (Bus Rapid Transit) da Europa Ocidental. Grandes trechos de seu percurso passam por pontes ou túneis. Nas cidades, em geral, os ônibus circulam ao nível do chão e a via inclui cruzamentos. Este é um desafio em relação à condução autônoma, que o Mercedes-Benz Future Bus com CityPilot (sistema de condução semiautônoma) administra com maestria.

Durante a maior parte do percurso as mãos do motorista ficam fora do volante porque o CityPilot conduz o veículo
Durante a maior parte do percurso as mãos do motorista ficam fora do volante porque o CityPilot conduz o veículo

Ao toque de um botão, o ônibus com CityPilot se move de forma semiautomatizada. O motorista do ônibus pressiona a tecla azul no console da soleira da janela da esquerda para ativar o CityPilot. Há um pré-requisito: o motorista precisa tirar os pés do acelerador e do pedal do freio e o volante tem que estar solto, pois qualquer atividade do condutor se sobrepõe ao comando do CityPilot. independentemente da situação, o motorista sempre mantém o controle final e pode interferir quando quiser.

O conteúdo do mostrador agora é diferente. A legenda “Pilot” fica visível e o velocímetro – antes exibido como um instrumento analógico e também digitalmente – se reduz a uma indicação digital.

No corredor, um semáforo especial funciona à frente do ônibus: duas luzes vermelhas juntas na faixa do BRT significam “Pare” e duas luzes brancas, uma em cima da outra, significam “Siga”. A luz muda para branco e o ônibus sai suavemente, indo para o centro de sua faixa como se estivesse sendo guiado por uma mão invisível. Os passageiros em pé não precisam se preocupar, já que o ônibus sempre se conduz defensivamente, preocupado com seus ocupantes, mesmo se estiver atrasado ou se o turno estiver acabando após um longo dia.

O interior cria um ambiente de relaxamento para os passageiros, como estivessem em um parque.

Como o ônibus é guiado por sistemas de câmeras, sensores de radar e GPS, quando o próximo sinal está vermelho o sistema avisa antecipadamente o motorista a distância até o semáforo. O CityPilot é capaz de reconhecer qual a luz acesa graças ao seu sofisticado sistema de câmeras. Ele fica alojado em um console na borda inferior do para-brisa, fora do campo de visão do motorista. Os sensores de radar ficam ainda mais embaixo. O ônibus também tem GPS a bordo. As luzes mudam assim que o ônibus para. Ele então acelera automaticamente e passa pelo cruzamento sem parar.

O veículo conta com condução segura a 70Km/h não sendo necessário o motorista usar o volante. Durante todo o percurso o ônibus mantém-se na rota com segurança. Deixando o perímetro densamente urbano, o ônibus acelera até o limite permitido de 70Km/h. A velocidade máxima é pré-programada e as mãos do motorista continuam fora do volante, mesmo a esta velocidade.

O procedimento nos pontos de parada também é automático: o ônibus se aproxima de forma suave, sem intervenção do motorista, e para exatamente ao lado do meio fio elevado. Automaticamente aciona o freio e abre as portas. Uma barreira foto-elétrica informa que os passageiros estão entrando. As portas são fechadas somente quando todos estão a bordo. Tem início então uma contagem decrescente no mostrador do motorista e o ônibus começa a se mover após exatamente cinco segundos.

O estilo de condução suave e moderado do Mercedes-Benz Future Bus com CityPilot beneficia não apenas os passageiros, mas também os frotistas e o meio ambiente. O consumo de combustível e emissões de CO2 caem e o esforço sobre o motor e os outros componentes importantes é reduzido, o que resulta em maior vida útil. O mesmo acontece com os pneus. Todos estes fatores levam a reduções de custo no longo prazo e aumentam a disponibilidade dos ônibus.

O CityPilot distingue os objetos que estão na via e os próximos a ela. O veículo anda dentro do que se poderia chamar de um “tubo” virtual e não reage a objetos próximos à superfície onde circula. Ou seja, ele pode distinguir entre um obstáculo na via e um próximo a ela.

O ônibus do futuro com condução autônoma

 

Fonte: Technibus – Transporte Moderno

Eduardo Chau Ribeiro | de Amsterdã, Holanda


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