Seja a lazer ou a trabalho, viajar de ônibus segue sendo uma das maneiras mais democráticas para se locomover. Embora o valor das passagens tenha diminuído na última década, o custo para realizar viagens de avião continua fora da realidade de muitas famílias e o transporte coletivo se consolida como mais acessível para grande parte dos brasileiros, que utilizam esse meio em viagens intermunicipais ou interestaduais. Além de mais economia, a praticidade e a segurança são vistas como pontos de diferencial pelos passageiros.
São esses viajantes que aquecem o mercado nacional. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as empresas brasileiras produziram um total de 1.233 ônibus rodoviários de janeiro até o final de junho, além de 9.091 ônibus urbanos. Além disso, no mesmo período, o Brasil exportou 622 ônibus rodoviários e 1.267 ônibus urbanos, resultado que gerou emprego e renda aos colaboradores.
Atenta a esse cenário, uma gigante brasileira – entre as maiores fabricantes do mundo – lançou uma nova geração de ônibus mais confortáveis, econômicos e com peças mais resistentes. Como as novas gerações são desenvolvidas e lançadas com um espaço de tempo de aproximadamente dez anos, o evento protagonizado pela Marcopolo marca o processo produtivo brasileiro e deve balizar o restante da produção, visto que a empresa é líder na fabricação de carrocerias de ônibus no país, com 51,6% de mercado.
Referência mundial no encarroçamento de ônibus, com mais de 400 mil unidades produzidas, os veículos produzidos pela companhia rodam nas estradas de mais de cem países. Agora, com uma série de diferenciais.
A nova linha de veículos, chamada de Geração 8, visa proporcionar competitividade para operadores e aumentar patamares de segurança, conforto e conectividade para passageiros e motoristas. Com os tradicionais modelos das linhas Viaggio e Paradiso, em suas diferentes versões, foi desenvolvida para os chassis das principais montadoras e, a partir do mês de agosto, vão sair da linha de montagem da unidade localizada no estado vizinho ao sul de Santa Catarina.
Referência no mercado mundial é brasileira
Líder do mercado nacional no segmento de ônibus e uma das maiores fabricantes do mundo, a Marcopolo iniciou a trajetória em 1949, em Caxias do Sul, no estado do Rio Grande do Sul. Hoje, conta com duas fábricas no município e uma em São Mateus, no Espírito Santo, além de outras 11 no exterior. No total, emprega cerca de nove mil colaboradores.
Ao longo dos anos, a Marcopolo construiu a reputação de lançar tendências no mercado ao investir de forma contínua em aprimoramento, tecnologia e expansão. Como é uma das gigantes mundiais quanto se trata de ônibus, seus produtos definem os padrões da categoria no país e também no restante do mercado externo.
Segundo a companhia, o foco da empresa é ser protagonista em soluções de mobilidade, por isso o amplo portfólio de produtos. Nesse contexto, a Geração 8 representa um novo conceito de ônibus rodoviário voltado a promover economia e lucratividade nos negócios.
— É uma nova forma de trabalhar dentro da Marcopolo, com todos os times integrados e com a realização de testes que ajudaram a evoluir o produto — destaca James Bellini, CEO da Marcopolo.
Nova experiência em viagens de ônibus, mais confortável e segura
Para elevar o nível de padronização e qualidade da indústria automobilística para a fabricação de ônibus, a companhia otimizou os processos produtivos da unidade de Ana Rech/RS, onde são fabricados os novos veículos. De acordo com a companhia, são 140 atributos novos para melhorar a experiência dos motoristas, passageiros e operadores.
Além do design exclusivo e do conforto, algumas características diferenciam os ônibus dos outros comercializados no Brasil, como um conjunto interno óptico inédito para melhorar a direção noturna e tornar a condução facilitada como um todo.
Com estrutura de proteção da cabine ampla para o motorista e eficiência dos faróis 3,5 vezes maior em relação a modelos atualmente disponíveis no mercado, a nova geração conta também com uma ampla dianteira e parachoques que ganharam novo design com maior volumetria e robustez.
Geração 8 Marcopolo
Atenta às necessidades de biossegurança, a nova geração conta com plataforma que torna o transporte mais seguro contra contaminações de vírus e bactérias.
Ainda, as matérias-primas utilizadas diminuem o risco de quebra em pequenas colisões em até 50%. Todos os modelos atendem às normas internacionais de tombamento, inclusive que não são exigidas aqui no Brasil. Para a carroceria, os anéis passantes de segurança em todas as colunas da estrutura trazem mais resistência do conjunto a impactos e ao capotamento.
A empresa aumentou em 25% a largura da seção das colunas laterais e elevou o peitoril lateral dos veículos em 70 mm, para conferir maior proteção em caso de acidentes e tombamento. O motorista também está mais protegido com o novo sistema de proteção da cabine, que exigiu 2,6 mil horas de testes ao longo de dois anos.
Atenta às necessidades de biossegurança, principalmente em virtude da pandemia, a plataforma torna o transporte coletivo mais seguro contra contaminações de vírus e bactérias com itens como desinfecção do sanitário e ar-condicionado por meio de luz UV-C, cortinas e capas antimicrobianas e dispensers de álcool em gel.
Sustentabilidade dos processos
A tecnologia e a inovação podem ser parceiras da sustentabilidade e uma empresa que é referência do setor precisa estar atenta às novas demandas ESG. Segundo a companhia, uma das prioridades foi a redução da utilização da fibra de vidro em 80%, com substituição por matérias-primas de polímeros especiais aplicados na fabricação de para-choques, grade dianteira e tampa traseira, entre outros componentes, resultando em peças mais leves e resistentes.
A Marcopolo focou também em ações sustentáveis, como o uso de máquinas de solda com inversora e a utilização de gás com menor impacto ao operador e meio ambiente, o que proporciona uma redução no consumo de energia.
Fonte: NSC Total