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O adeus a Kaio Castro, ex-gerente da Filial São Paulo da Redenção, criador da VVR e do Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasileiro

2021-04-300EspecialHomenagem

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O adeus a Kaio Castro, ex-gerente da Filial São Paulo da Redenção, criador da VVR e do Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasileiro

2021-04-30 0EspecialHomenagem

Faleceu nesta segunda-feira (26), aos 68 anos de idade, Antônio Carlos Kaio Castro. Kaio, como era mais conhecido, travava uma batalha contra um câncer e foi acometido pela covid-19. Grande profissional e empreendedor, gerenciou a filial da Redenção em São Paulo desde seu início, em meados de 1987, sendo um dos grandes empreendedores e entusiastas da história da Redenção. Foram 20 anos de um trabalho de sucesso, que projetou a marca da empresa na capital paulista.

Veja a cronologia da participação de Kaio na construção da atividade da Redenção Turismo em São Paulo:

Em 1987, a Redenção Turismo já desenvolvia linhas de Executivos que partiam de Tremembé – Taubaté – Caçapava rumo a São Paulo, bem como o Turismo Rodoviário junto a CVC, Agência Costa e Gatti. Com intensa atividade na capital, Jair Alves da Cunha, um dos proprietários na época, adquiriu o primeiro imóvel na Rua Santa Olívia, bairro da Vila Maria Baixa – sendo os primeiros passos da nova filial em São Paulo.

Diante da oportunidade, Kaio, um grande amigo da família de muita confiança, foi contratado para gerenciar a nova Garagem, divulgando a Redenção no mercado de Fretamento e Turismo da capital. Em 1988, conquistou o primeiro cliente no Fretamento, a Holstein Kappert com 6 linhas.

Curiosidade: “Nosso primeiro pagamento, em cheque, pois assim era feito o pagamento, levávamos a NF e pegávamos o cheque com o Pité, Encarregado de Transporte, e foi com este cheque, que o Kaio, Tio Jair e eu abrimos a primeira conta corrente na Capital Paulista em Nome da Redenção, no banco Real na Praça Santo Eduardo na Guilherme Cotching, por ser bem próximo a Filial.

O Kaio, antes de levar o cheque na boca do caixa de posse do número da conta para depósito, solicitou à Gerente uma xerox do mesmo, pediu para o Tio Jair escrever alguma coisa e plastificou, sendo para ele um troféu, sempre mostrado para os amigos, clientes e visitantes; acredito tê lo até hoje em seus arquivos”. – relembra o Diretor da filial São Paulo Luis Claudio da Cunha Saad.

Em 1990, a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (PRODESP) entrou na concorrência do transporte de seus colaboradores. Kaio adquiriu o edital e, na data da visita técnica do Edvaldo, Saldanha e Luiz, (Gerente e Encarregados do Transporte da PRODESP), os recebeu na garagem de São Paulo, os colocou no seu carro com destino a Taubaté, para que conhecessem a garagem recém-construída da matriz, para que tivessem dimensão da estrutura da empresa e conhecessem os melhores ônibus, fazendo com que estes clientes se tornassem amigos.

A Redenção venceu a concorrência, investindo em 25 ônibus para atender o contrato milionário, colocando a Redenção em um patamar nunca antes imaginado, no mercado da Capital. Com o feito, foi necessário a construção da Garagem de Taboão da Serra, no terreno vizinho a PRODESP, carinhosamente batizado por ele de Posto de Apoio Avançado.

Os anos que se seguiram vieram o SESI na Anhanguera, a Editora Scipione, a Seagram do Brasil, Svedalla Faço, Fundação Casa, SERPRO, Alcoa, e início da ADM Fretado que fez com que a Redenção São Paulo chegasse aos 50 veículos em atuação.

Não contente com a garagem de São Paulo e Taboão da Serra, fez com que viesse também a garagem de Sorocaba, participando e ganhando uma concorrência na ARAMAR, projeto da Marinha em Iperó, onde era desenvolvido o combustível do Submarino Nuclear Brasileiro, que junto com a compra da Alba Turismo, juntou se aos contratos da Microlite, Pirelli Cabos e Heliar, e fez com que completassem os mais de 40 carros na cidade de Sorocaba.

Como a garagem de São Paulo ficou pequena, em 1998, foi necessário a compra e construção da garagem da Vila Guilherme, uma outra realidade, sempre dito pelo Kaio que agora a Redenção estava no “mundo dela”.

Frases como:

“Ler, interpretar e providenciar”, ou simplesmente LIP, levava o Kaio a escrever em diversos documentos, LIPADO quando resolvidos.

“Mensagem a Garcia“ – para que se fizesse o que era necessário sem muita volta; entra outras.

Mas a que mais nos marcou foi “Non ducor, duco” – a expressão, que consta na bandeira de São Paulo tem o seu significado, a maneira que o Kaio sempre se fez representar: “Não sou conduzido, conduzo” e que por ele foi estampada no primeiro folder da empresa, no espaço da Filial São Paulo.

Vanguardista

Ao longo da sua trajetória, tornou-se conhecido muito além dos muros da empresa, sendo uma das figuras mais importantes na preservação da história dos transportes no Brasil.

Fundador do Primeiro Clube do Ônibus Antigo Brasileiro e criador do evento VVR (Viver, Ver e Rever), uma das mais tradicionais exposições de veículos pesados antigos. Anos depois, certo do dever cumprido, aposentou-se e dedicou-se ao Clube e a VVR, fazendo com que a paixão pelo Ônibus só mudasse do Bom para Melhor.

Confira mais sobre a atuação de Kaio e sua paixão pela preservação da história dos transportes, na matéria do Diário do Transporte:

https://diariodotransporte.com.br/2021/04/27/morre-kaio-castro-criador-da-vvr-e-do-primeiro-clube-do-onibus-antigo-brasileiro/


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